Inicia-se hoje o Torneio Memória, com a publicação do primeiro problema, Crime no Parque. É da autoria de um policiarista que, embora tenha adquirido grande relevância na modalidade, ainda era jovem na época em que escreveu este problema.
O regulamento do Torneio Memória foi publicado em A Página dos Enigmas nº 4.
Este torneio irá republicar problemas com mais de 65 anos. São enigmas publicados nas décadas de 40 e 50 do século passado, o que deverá ser tido em conta quando os elementos da solução necessitam de ser enquadrados temporalmente.
Manteve-se a pontuação original,
atualizando apenas a ortografia de algumas palavras.
A solução deste primeiro problema deverá ser enviada para apaginadosenigmas@gmail.com até ao final do dia 31 de janeiro de 2024.
Torneio Memória
Problema nº 1
CRIME NO PARQUE
Certo dia recebi ordem para ir a um Parque esclarecer um
caso para o qual já se haviam tomado algumas providências.
Chegado lá, notei que o recinto era uma autêntica ilha,
ligada com a cidade apenas por uma pequena ponte por onde, forçosamente, todos
tinham que passar. O polícia de serviço àquela área, informou-me:
— Estava sobre a ponte quando ouvi um tiro. Dei ordem ao
guarda do Parque para não deixar entrar ou sair ninguém, e vim observar o que
se passara.
Entretanto, aproximámo-nos do local do crime e verifiquei, então,
que dentro dum barco, encostado ao cais, jazia um homem atingido com um tiro em
pleno peito. A vítima passeara com uma das três pessoas suspeitas — tantas eram
as que se encontravam dentro do Parque.
Pude tirar, em seguida, os seguintes apontamentos:
FREITAS — Combinara com a vítima vir esperá-la, a fim de
tratarem de certos negócios (não quis dizer de que espécie eram ...), e
passeava pelo Parque quando soou o tiro.
RAUL — Estava à pesca num sítio ali perto e, como os outros,
viera ver o que se passara.
MOTA — Fora passear,
no barco, com o amigo e, quando pretendia atracar, encostando a popa ao cais,
ouviu o tiro e voltou-se, vendo ainda um vulto a fugir por entre as árvores do
Parque.
Havia, também, o guarda, que afirmou: «apenas ter ouvido o tiro
e seguido, à risca, as instruções do polícia».
Com estes elementos arquitetei uma teoria, nada falha de lógica,
que, depois, vi ser a verdade. Por isso, pergunto:
1.º — Quem matou?
2.º — Porquê?
A solução deverá ser enviada até ao final do dia 31 de janeiro de 2024 para o endereço apaginadosenigmas@gmail.com.
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