sexta-feira, 10 de maio de 2024

A Página dos Enigmas nº 23


Publica-se o 5º problema do Torneio Memória, Um Pormenor, e relembra-se que é possível reler o regulamento, clicando no topo da página, onde está escrito Regulamentos.

Este problema, depois das dificuldades anteriores, é  simples. A solução correta será facilmente obtida, permitindo que os concorrentes se espraiem, tentando pontuar na Originalidade e nas Melhores.

Mais uma vez, não se alterou a pontuação nem o vocabulário do texto original, tendo apenas sido eliminadas as consoantes mudas que não existem na grafia do português atual.

A solução deste problema policiário pode ser enviada para apaginadosenigmas@gmail.com até ao final do dia 31 de maio de 2024.

Torneio Memória

Problema nº 5

Um Pormenor

O insp. Novais encontrava-se no átrio do palacete do conde de R., de onde tinha sido chamado durante um baile. No auge da festa, um convidado dera o alarme: — Desaparecera o lindo e riquíssimo relógio de parede que estava numa sala contígua ao salão de baile. Telefonou-se imediatamente para o Insp. Novais, e, enquanto este não chegava, alguns convidados punham-se em campo para tentarem descobrir o ladrão.

E assim, quase simultaneamente à chegada do detetive, o senhor de M, voltava sobraçando um embrulho.

O conde de R. acompanhado pelo Insp. Novais, aproximou-se do senhor de M. e agradeceu-lhe efusivamente a sua ação, perguntando-lhe como descobrira o ladrão.

— Sim, porque não havia dúvida: — No embrulho ia o relógio!...

O senhor de M. respondeu: — la numa das ruas laterais perseguindo um homem apressado que sobraçava este embrulho, quando ouvi as badaladas sonoras do relógio. O homem olhou para trás, viu-se descoberto e fugiu, largando o embrulho...

— Isso, mais devagar... — atalhou o Insp. Novais. -— O senhor mente, e por isso vai comigo. Quero saber tudo!...

Pergunta-se:

1.) — Acha lógica a observação do Insp. Novais?

2.) — Porquê? (Exponha o seu raciocínio). 


A solução pode ser enviada até às 24 horas do dia 31 de maio de 2024 para apaginadosenigmas@gmail.com.


terça-feira, 7 de maio de 2024

A Página dos Enigmas nº 22

 



Eis os resultados da prova nº 4 do Torneio Memória, Fúria Homicída.

Este problema policiário, Um caso estranho,  é da autoria de Hernâni Viriato, que assinou a solução como Hernâni V. Beltrão, e foi publicado na secção Quem Foi ?, orientada por Luis Correia, Mister Ioso, na revista Mundo de Aventuras número 371, de 20 de setembro de 1956. 

O Mundo de Aventuras foi a revista de banda desenhada de mais longa duração em Portugal. Foi publicada durante um pouco mais de 37 anos. Esta secção, Quem Foi?,  que teve publicação entre 1955 e 1959, possui alguns dos bons textos que marcam o policiário português.

Hernâni Viriato foi um policiarista  que publicou alguns problemas, e já teve alguns dos seus enigmas reeditados em ocasiões posteriores.

Como curiosidade, refira-se que a policiarista premiada neste problema foi um nome importante da modalidade na década de 50, Maria Josefa de Almeida, que usaria o pseudónimo de Lília Sol. Terá ainda orientado a secção Recreio Policial no jornal Notícias de Beja.

Ainda se pode dar a informação de que na sua publicação original o problema teve dois concorrentes que acertaram: a já referida Maria Josefa de Almeida e Detective Sem Nome, um policiarista em evidência na época.


Solução

Apresentada pelo autor do problema.


1) O criado foi preso, sob a acusação de tentativa de envenenamento na pessoa do seu patrão, José Pancrácio. E dizemos tentativa, pois a morte fora provocada por violenta pancada no crânio. Como prova desta nossa afirmação, o facto de o frasco de acónito ter as suas impressões digitais.

2) É evidente que o criado falou verdade. O seu desmaio explica-se com facilidade, dado o seu estado de debilidade, provocado pelos diabetes, e há ainda o fator surpresa, ao deparar-se-lhe tão inesperado e horrível quadro. Este mesmo estado de fraqueza o iliba de ter sido o autor do delito, pois não teria forças para o cometer em semelhantes circunstâncias. E, além disso, não tinha necessidade de recorrer a este processo, uma vez que o tinha envenenado. Também não mentiu ao afirmar que tinha ouvido a campainha, pois com o corte do cordão, os fios teriam estabelecido contacto, fechando o circuito momentaneamente. Finalmente, não nos deve parecer estranho que ele tenha entrado no escritório sem haver batido, pois sabemos que esperava ir encontrar o patrão agonizante.

3) Movido por ódio contra a vítima, o culpado penetrara em casa e fora esperar a sua vítima para o escritório. Quando o outro chegou, apareceu-lhe. Discutiram. Disfarçadamente, cortou os fios para impedir que ele chamasse o criado, se tivesse tempo para isso. Ouvindo a campainha, o criado dirigiu-se para escritório e abriu a porta no momento preciso em que o culpado desferia tremenda pancada na cabeça do seu amo.

E é tudo.

O AUTOR


Algumas Notas

Este, tal como foi anunciado, seria o mais difícil problema que foi publicado até ao momento. 

O autor não se refere ao acónito como possível tratamento da hipoglicémia, pelo que até é possível que nos anos 50 tal não sucedesse, e nem parece possível, dado o caráter tóxico da substância, que ele pudesse ser tomado a partir de uma solução líquida, sem provocar envenenamento.

O frasco continha acónito, não tintura (muito diluída) de acónito ou qualquer outra mistura do género, como se pode ler no texto, ou seja, a substância estaria em concentração elevada.

Se havia dose letal de acónito na vítima foi porque o acónito encontrado poderia matar. Era numa quantidade que o podia fazer, ou seja, elevada, o que vem ao encontro de que o frasco conteria acónito devidamente concentrado. Embora não tenha sido referido pelo autor o uso do acónito como combatente da hipoglicémia, o uso de "remédio" homeopático para envenenar não faz sentido. Trata-se mesmo do veneno e não de um produto homeopático.

Uma vez que a vítima tinha ingerido uma dose letal de acónito, ela jamais poderia vir deste tipo de produto, mesmo que todo o frasco fosse tomado.

O corte dos fios após a agressão  é irrelevante e não serve para nada. por parte do criminoso. Antes do crime, sim, para impedir que José Pancrácio chamasse alguém.

Um corte de fios metálicos, com uma tesoura metálica, estabelece momentaneamente contacto entre os fios, originado o toque da campainha.

Um toque pela vítima antes de ser assassinada, seguida do corte dos fios pelo assassino, provocaria dois toques.

Apesar das várias hipóteses apresentadas pelos solucionistas, manteve-se a solução do autor por ser a mais coerente com os dados do problema.

Com os critérios classificativos tentou-se atenuar a queda que este problema provocaria nas classificações, assim como salvaguardar alguma incompletude de alguns elementos, característico de um problema publicado nos anos 50, em que os autores não apresentavam a quantidade de pormenores que hoje escrevem.



Critério Classificativo

Foram considerados importantes os seguintes aspetos:

a) afirmar que o criado fala verdade.

b) envenenamento pelo criado, tendo como  prova as impressões digitais deste no frasco de acónito e as de mais ninguém; 

c) explicar o toque da campainha com o corte do fio;

d) justificar o desmaio do criado e a ausência de força por parte do criado para cometer o crime;

e) explicação da morte José Pancrácio  cometida por por um outro indivíduo.

Se estas alíneas forem analisadas em função das questões colocadas no problema, pode-se considerar que a) e b) respondem à questão 1; c) e d) estão na resposta à questão 2; e a e) corresponde à questão 3.

Apesar de o autor o referir, não foi considerada como relevante a situação aludida por este, de que o criado abriu sem bater à porta, uma vez que não é explícito no texto que o não tenha feito. 

Foram aplicados os seguintes critérios:

Aponta a) b) c) d) e e) - 10 pontos

Apresenta na resposta três ou quatro  alíneas -  9 pontos

Apresenta na resposta uma ou duas das  alíneas -  8 pontos

Não aponta nenhuma das alíneas - 7 pontos


Classificação no problema

Não houve totalistas.

Os policiaristas indicados com a sigla  TPBRO são elementos da Tertúlia Policiária Blogue Repórter de Ocasião

Geral

9 pontos

Arjacasa (TPBRO), Detective Jeremias, Detective Nabo, Inspetor Moscardo, Karl Marques, Mac Jr., Mali (TPBRO), O Gráfico (TPBRO). (8 concorrentes)


8 pontos

Bernie Leceiro, Búfalos Associados, Clóvis, Doula, Inspector Boavida, Inspetor Pevides, Inspetora Marta, Mag, Pedro Ribeiro. (9 concorrentes)


7 pontos

Abrótea, Detetive Lurma, Detetive Vasofe, Poluidora, Rosa Marques. Vic Key. (6 concorrentes)


As melhores

(Por não haver totalistas, não houve concorrentes classificados)


Originalidade

O Gráfico - 5 pontos

Bernie Leceiro - 4 pontos

Detective Jeremias - 3 pontos

Karl Marques - 2 pontos

Insapetor Pevides - 1 ponto


Iniciada a segunda metade do torneio, eis como ficam as diversas classificações.

Classificação geral

À frente da pontuação está a alínea do artigo 12º do regulamento utilizada no desempate.

1º Mac Jr.             39 pontos a)

2º Detective Jeremias   39 pontos a)

3º O Gráfico (TPBRO)     38 pontos a)

4º Inspector Boavida     38 pontos a)

5º Búfalos Associados   38 pontos a)

6º Inspetor Moscardo 38 pontos a)

7º Karl Marques      37 pontos g)

8º Mali(TPBRO)   37 pontos g)

9º Arjacasa (TPBRO)       37 pontos g)

10º Mag (Ex LS & Mag)    36 pontos a)

11º Bernie Leceiro          36 pontos a)

12º Clóvis            36 pontos d) e o)

13º Detective Nabo        36 pontos d) e o)

14º Doula            36 pontos d)

15º Rosa Marques          35 pontos

16º Abrótea       32 pontos o)

17º Detetive Vasofe    32 pontos o)

18º Guilherme  28 pontos o)

19º Núbis            28 pontos  o)

20º Kali Mero    26 pontos  d) e o)

21º Tiago Reis    26 pontos d) e o)

22º Bertita          26 pontos d) e o)

23º Háspide       26 pontos d) e o)

24º Inspetora Marta      25 pontos

25º Detetive Lurma      24 pontos d)

26º Pedro Ribeiro            24 pontos d)

27º Poluidora    23 pontos

28º Xá do Reino 20 pontos  g)

29º Menino Nelito          20 pontos o)

30º Mister H      20 pontos o)

31º Cris  19 pontos

32º Cláudia Martinho       10 pontos

33º Detetive Silva          9 pontos

34º Inspetor Pevides     8 pontos g)

35º Inspetora Sardinha               8 pontos o)

36º A Bela Mariana         8 pontos o)

37º Detetive Caracoleta             8 pontos o)

38º ZAB                8 pontos o)

39º Detetive Rosa         7 pontos o)

40º Vic  Key        7 pontos o)


Melhores

À frente da pontuação está a alínea do artigo 10º do regulamento utilizada no desempate.

1º Mac Jr.             12 pontos

2º O Gráfico       8 pontos a)

3º LS & Mag       8 pontos a)

4º Detective Jeremias   7 pontos

5º Inspetor Boavida       4 pontos

6º Búfalos Associados   3 pontos

7º Bernie Leceiro             1 ponto c)

8º Inspetor Moscardo   1 ponto  c)



Originalidade

À frente da pontuação está a alínea do artigo 10º do regulamento utilizada no desempate.

1º O Gráfico       18 pontos

2º Mac Jr.            14 pontos

3º Bernie Leceiro             11 pontos

4º Detective Jeremias   6 pontos

5º Inspector Boavida     3 pontos

6º Inspector Moscardo 2 pontos c)

7º Karl Marques               2 pontos c)

8º Mali (TPBRO)               1 ponto c)

9º Búfalos Associados   1 ponto c)

10º Xá do Reino 1 ponto c)

11º Inspetor Pevides     1 ponto c)


Combinado (Após quatro jornadas)

1º Mac Jr.             4 pontos

2º O Gráfico       6 pontos

3º Detective Jeremias   10 pontos

4º Inspetor Boavida       14 pontos

5º Búfalos Associados   20 pontos

6º Inspetor Moscardo   20 pontos

7º Bernie Leceiro             21 pontos


Sorteio do Prémio 

Lista numerada dos concorrentes



Concorrente premiado



Parabéns ao Pedro Ribeiro

quarta-feira, 1 de maio de 2024

A página dos Enigmas nº 21


Notícias

Local do Crime

Encontram-se em publicação os contos subordinados ao tema Um caso Policial no Natal.

Já foram publicados os seis primeiros contos, O contrato, de Fernando A. F. AleixoO Fantasma do Hotel Infante de Sagres, de Bernie Leceiro,  A minha noite de Natalde Paulo, Prazeres de Natal, de O Gráfico, A prenda de Natal da Martinha, de Paulo e Amem-se uns aos outros, de Inspetor Moscardo 

Este último conto, embora já tenha sido publicado na sua totalidade no blogue, ainda não o foi no jornal Audiência Grande Porto, devido às limitações do espaço no papel.


 

Blogue Repórter de Ocasião

Foi publicado o problema nº 5 do  Torneio Cultores do Policiário, prova que pretende homenagear seis policiaristas que marcaram esta atividade lúdica: Big Ben, Daniel Falcão, Inspector Aranha, Inspetor Boavida, Jartur, LP (Inspector Fidalgo). 

 O quinto problema tem por título Sir Aldra” reaparece ou “Sir Artur ataca” de novo, e é da autoria de Abrótea, e as soluções devem ser enviadas até ao próximo dia 31 de maio para reporter.de.ocasiao@gmail.com.

Neste torneio, ainda sem se saberem as classificações do 4º problema, saliente-se que, após as três primeiras provas, segue em primeiro lugar a concorrente Sofia Ribeiro. Aproveitando o balanço ganho no 1º problema, mantém-se na dianteira. Esperemos que assim continue e possa chegar ao final vencedora. O policiário precisa de vencedores novos.

Também está a ser divulgado, no blogue Repórter de Ocasião, um conjunto de textos que o Inspector Aranha publicou originalmente no jornal Correio do Ribatejo, e que o mesmo Inspetor Aranha se prepara para lançar em livro. Este conjunto de artigos republica os problemas policiais da autoria de Reinaldo Ferreira (Repórter X) saídos em 1927 no jornal O Primeiro de Janeiro.

O último problema publicado foi Uma partida de xadrez.


Clube de Detectives

Continua a fazer a divulgação do policiário presente e passado. Além das ligações aos blogues ativos, e da recordação de secções e problemas publicados noutros tempos, vai divulgando o acervo  do Arquivo Histórico da Problemística Policiária Portuguesa, que acumula o resultado das pesquisas efetuadas pelo confrade Jartur.

Neste momento entre secções do passado e do presente, incluindo as dedicadas ao charadismo, o Clube de Detectives apresenta referências aos seguintes espaços: A Página dos Enigmas, Repórter de Ocasião, Local do Crime, Charadas & Charadistas, Palavras Cruzadas Clássicas e Charadas, Enigma Policiário, Mistério Policiário, Clube Xis, O Detective - Zona A- Team e Policiário.

 

O Inspector Fidalgo

Luís Pessoa continua a relembrar os convívios que ocorreram, principalmente, mas não só, desde os anos 70 do século passado, mostrando fotografias que recordam momentos e policiaristas. 

Também publica cópias de textos e outras imagens que remetem para convívios e secções policiárias do passado.

Presentemente o blogue encontra-se a fazer uma resenha sobre os principais concorrentes da seção Policiário do jornal Público.

Quando estas palavras são publicadas, o último post deste blog, O Inspector Fidalgo, é dedicado ao policiarista, já falecido, Rip Kirby.


Um Blogue

Este é um blogue para quem gosta de literatura policiária. Nele se faz um desenvolvimento apreciável de dados bibliográficos de autores e de personagens. É um blogue em língua espanhola, mas isso não será problema. Para quem não tem dificuldades em ler nesta língua, basta seguir o texto, para quem prefere a tradução, poderá fazê-lo facilmente (clicar em cima do texto com o botão direito do rato, e depois selecionar: traduzir para português).

Há algum espaçamento temporal entre os posts, mas a qualidade da informação deverá obrigar a uma pesquisa exaustiva por parte da autora (?) do blogue, que se mostra desencantada com o rumo atual da literatura policiária, como se pode ver nas caixas de comentários.

Neste blogue é possível pesquisar por autor, pelo seu país, por personagem e por profissão da personagem.

Alguns dos autores não são conhecidos em Portugal, mas outros são ou foram editados no nosso país.

Mis detectives favorit@s é um blogue no qual vale a pena passar algum tempo.

quinta-feira, 25 de abril de 2024

A Página dos Enigmas nº 20

 


Relembra-se que o prazo para envio da solução do problema   4, Fúria Homicida,  termina no final do próximo dia 30 de abril, devendo a mesma solução do enigma ser remetida para apaginadosenigmas@gmail.com


Os nomes usados pelos policiaristas

Já se apresentou a razão do uso do termo policiário, em relação a policial, e foi feita, posteriormente, uma breve alusão à publicação de diferentes secções ao longo dos anos em diferentes meios da comunicação social.

Hoje irá falar-se um pouco do modo como os policiaristas se identificam.

A maior parte das vezes não são designados pelo seu verdadeiro nome, mas usam pseudónimos. É assim que, ao longo dos tempos, foram surgindo pseudónimos de participantes nas várias secções, como Sete de Espadas, Mister Ioso, Dr. Aranha; Jartur; Lumago Ampe, Detective Invisível; Juve, Marvel, Inspetor Varatojo, Lia Sol, Milena, Mali, O Gráfico, Lanterna Vermelha, Mabuse, Búfalos Associados, Detetive Jeremias, Daniel Falcão, Elmano, Inspetor Aranha, Bernie Leceiro, e muitos outros.

Há policiaristas que recorreram a personagens literárias, cinematográficas, históricas e da banda desenhada: Rip Kirby, Perry Mason, Philip Marlowe, Lucky Skywalker, Batman, Johnny Hazard, Buck Danny, Columbo, Superman, Aramis, Vasco da Gama II, Taka Takata, Ric Hochet II, Sherlock Holmes, Serpico,  etc.

Alguns optaram pelo uso de nomes curtos ou abreviaturas dos seus nomes, como o autor destas linhas, Zé, L.S., Gil, Carlos, L.P ou Constantino.

Houve outros que usaram as sílabas das várias palavras que compõem seu nome real ou anagramas de uma dessas palavras: Ubro Hmet, Jomasacuma, Jomara, Arnes, Uajara ou Oluap Egroj.

Há policiaristas que ao longo dos anos e dependendo dos contextos em que estavam, usaram diferentes pseudónimos, dos quais se citam aqui alguns que são públicos: Sete de Espadas (D. Misterioso, Tharuga Lattas) Inspector Aranha (Zé dos Anzóis); O Gráfico (Gutenberg; O Repórter Sou Eu, etc); L.P (Inspector Fidalgo, Lumago Ampe, Compadre Al, etc); Constantino (Mário Campino, Visconde de Valamor, Zé da Vila); Daniel Falcão (Jomasacuma, Zé-Manel, O Falcão, Mac Jr.); Antígona (Inspector Wasco, Wasco); L.S. (Hal Foster), etc.

Houve ainda casos, mas mais raros, que não usaram nome curto, nem pseudónimo, mas surgiram sempre com o seu nome inteiro, ou quase completo: Acácio José Tavares e Silva, Júlio Dinis Faria dos Santos, Manuel Martins Gonçalves, Eugénio do Nascimento Martins Silva, Carlos Alberto Morais ou Fernando Taveira Vieira.

Escolher um pseudónimo é uma arte e há alguns que foram excelentes escolhas. Quero realçar um pseudónimo que considero ter sido bem conseguido. Surgiu no início da década de 80 do século passado e pertencia a um policiarista de Vila Nova de Cerveira: Zé Jaquim de Vila Chã, que tinha potencialidade para poder ser usado em múltiplos contextos.

Estes, que acima foram nomeados, são alguns dos nomes, que desde há cerca de 80 anos, foram sendo identificados como concorrentes policiaristas, mas o seu numero é muito mais elevado. Quando a secção Policiário do Jornal Público terminou, em 2018, registava, como ativos, mais de 2000  participantes, número equivalente aos policiaristas que passaram pela secção Mistério Policiário entre a segunda metade da década de 70 e a primeira de 80 do século passado.

Desde que o policiarismo teve início em Portugal, há quase 100 anos, uns milhares de concorrentes foram adotando outros nomes. O policiarismo português está marcado pelos pseudónimos.

 


quarta-feira, 10 de abril de 2024

A Página dos Enigmas nº 19

 



Publica-se o 4º problema do Torneio Memória, Fúria Homicida, e relembra-se que é possível reler o regulamento em A Página dos Enigmas nº 4, ou, clicando na parte superior da página em Regulamentos, ou aqui.

Este torneio é constituído por problemas com mais de 65 anos. São enigmas publicados nas décadas de 40 e 50 do século passado.

As soluções deste problema policiário, que agora é publicado, poderão ser enviadas para apaginadosenigmas@gmail.com até ao final do dia 30 de abril de 2024.

Apenas no último parágrafo há uma alteração de texto em relação ao original, pois o autor convidava os leitores da secção onde o problema foi publicado a fazerem a sua resolução, e, desse modo, se se mantivesse o texto original, ficaria identificado o local de publicação.

Tal como já sucedeu em problemas anteriores, não foram feitas correções de pontuação em relação ao original, apenas se atualizando a ortografia de algumas palavras, designadamente a eliminação de consoantes mudas. Foi ainda, excecionalmente, introduzida uma vírgula, porque a sua ausência levaria a um caminho de resolução completamente diferente.  Muito provavelmente, tratar-se-á de uma gralha na publicação original.

Muita atenção a este enigma policiário. Será, deste torneio, o de maior dificuldade entre os problemas já publicados.

Mas, vamos ao problema.

Torneio Memória


Problema nº 4

Fúria  Homicida


Dificilmente aquele homem se mantinha de pé. A face magra e encovada agitava-se à medida que os lábios, descorados, soltavam palavras roucas, balbuciantes, impercetíveis, com as quais procurava explicar àquele desconfiado inspetor, a sua difícil posição de testemunha do drama.

O corpo seco e esquelético, mais parecia um cabide segurando um fato escuro e pouco limpo. Cambaleou uma vez mais e sentou-se na cadeira que o inspetor Brancardo lhe indicou. Respirou fundo e a face ganhou um pouco de cor. Agora, a voz saía-lhe mais nítida, mais firme:

 — «Quando ouvi a campainha, dirigi-me calmamente para o escritório, e ao abrir a porta deparou-se-me um quadro ao qual não resisti: o meu atual estado de fraqueza traiu-me... De costas para mim, um vulto embuçado (com um sobretudo de gola levantada e um chapéu enterrado na cabeça), descarregava tremenda pancada no crânio do... do Sr. José, com uma pesada alavanca de ferro. Foi horrível! Ao som medonho, sinistro, que os ossos fizeram sob o impacto irresistível daquela clava, manejada com ambas as mãos numa estúpida fúria homicida, não resisti: um grito de horror gelou-se-me na garganta e perdi o conhecimento. Quando recuperei os sentidos, peguei no telefone e chamei a polícia...»

O inspetor Brancardo deu-se por satisfeito e entregou o criado ao sargento Lima, que colheu dele os dados usuais de identificação: Manuel Almeida da Silva, 35 anos, criado, há três meses ao serviço do falecido, diabético, etc.,

Mais tarde, no gabinete de trabalho, a atenção do inspetor concentrou-se nos pormenores que o levariam à prisão do criado. Este, algumas horas antes, confessara ter sido despedido pelo morto, que não o achava em condições de continuar ao serviço da casa...

O inspetor Brancardo compreendeu então que o homem tinha um bom motivo para se vingar do patrão, até porque num frasco que contivera acónito, foram encontradas as suas impressões digitais.

A campainha do escritório não tocava, pois os fios tinham sido cortados recentemente com uma tesoura. Segundo o relatório do médico legista, a morte do Sr. José Pancrácio fora instantânea devido ao esmagamento do encéfalo, mas encontraram-se ves­tígios duma dose letal de acónito.

O inspetor Brancardo apurou também que a vítima tinha alguns inimi­gos, e que, por diversas vezes havia sido ameaçada de morte.

De posse destes dados, Brancardo convida os leitores a desvendar este enigma.

PERGUNTA-5E:

1) Por que razão foi o criado preso?

2) Teria falado verdade?

3) Como pensa que o caso tenha ocorrido?


 A solução deverá ser enviada para apaginadosenigmas@gmail.com até ao final do dia 30 de abril de 2024


domingo, 7 de abril de 2024

A Página dos Enigmas nº 18

 


Ui!!! Foi o caos! Houve quem não visse que o violino não tinha cordas, e era aí que estava a chave do problema. 

Apesar de o autor deste problema não ter publicado problemas muito difíceis, este, presentemente, criou muitas dificuldades. Na época em que foi publicado pela primeira vez, em 30 concorrentes, 26 foram totalistas, Mas ... na atualidade...

As mudanças na Classificação Geral são muitas, agora que se está a meio do torneio. Posso estar enganado, mas o próximo problema, que marca o início da segunda metade, trará mais alterações.

Para este problema tinha sido feito o aviso: "Muita atenção aos dois elementos: texto e imagem", e quem avisa...

Vamos publicar a solução do problema nº 3 do Torneio Memória.

A morte veio de manhã é um problema de Leiria Dias e foi publicado na secção Crime e Castigoda qual Leiria Dias era o orientador, em 16 de maio de 1946, A secção pertencia à revista Vida Mundial Ilustrada e o problema foi publicado no seu número 260.

Leiria Dias foi um policiarista muito ativo nestes primeiros tempos do policiarismo em Portugal, dedicando-se, posteriormente, com mais afinco, ao charadismo e às palavras cruzadas.

Embora o problema tivesse sido publicado sem que o autor tivesse sido identificado, posteriormente, numa resposta de correio a Sete de Espadas, Leiria Dias informou que era o autor deste problema, assim como de mais uma série de enigmas publicados na secção sem que o autor estivesse nomeado.

A revista Vida Mundial Ilustrada, onde existiu esta secção, era uma revista semanal de caráter generalista. Teve inicialmente uma secção policiária nas páginas da própria revista, que se transformou posteriormente na revista autónoma, Detective, durante cerca de meio ano.

Pouco tempo depois desta revista terminar, surgiu na Vida Mundial Ilustrada a secção Crime e Castigo.

Esta revista, e muitas outras, pode ser encontrada na Hemeroteca Digital.

Antes de apresentar a solução de A morte veio de manhã, refira-se que, devido a atribulações informáticas, a solução do Detetive Vasofe no problema nº 2 não foi contabilizada no devido momento. Foram-lhe atribuídos 9 pontos, que somarão agora na classificação geral.

Solução

Na publicação original, foi apresentada a resposta de um solucionista que escreveu a solução em verso, pelo que, mesmo aproveitando o que Leiria Dias escreveu, serão feitas algumas adaptações à solução original, focando, no entanto, os aspetos lá referidos.

1- O Inspetor prendeu a Anita Reis.

2-

a) Anita Reis mentia quando afirmava que o primo estava a tocar violino, pois este, como se pode observar na imagem, não tinha cordas.

b) Jorge Reis, após o chamamento da prima, fora para junto dela, pelo que se conclui que não mexeu no violino depois do aparecimento do cadáver.


Antes de passar aos critérios classificativos devem-se salientar alguns pormenores: 

- do texto parece resultar que o sangue ainda está a correr, mas isso dá uma margem temporal para a ocorrência do crime de alguns minutos.  O crime não tinha que ser obrigatoriamente cometido momentos antes da observação. Também não é referido se a vítima tinha algum problema de coagulação sanguínea, pelo que este aspeto do sangue a fluir, apenas com as informações dadas no texto, não é suficiente para marcar a hora do crime. Pode ser um indício, que aponte no mesmo sentido que outros, mas não mais do que isso;

- de acordo com Anita, o primo estava a tocar quando ela passou junto ao quarto do tio, logo, o violino teria que ter as cordas colocadas, ou então, não haveria música. E aqui está o pormenor fundamental que sai do problema;

- o quarto de Jorge Reis era no rés-do-chão. "... o Inspetor desceu ao rés-do-chão, e preparou-se para ouvir Jorge Reis, no seu próprio quarto";

- Jorge Reis não teria tempo para tirar as cordas ao violino, (Nem se vê porque o faria no contexto do crime).


Vou ainda aproveitar a sugestão de O Gráfico, uma vez que há cinco soluções de autores diferentes que ele inclui na sua própria solução. Surgirão aqui como concorrentes independentes. Devido à forma como foram contabilizados, estes concorrentes não entraram na determinação da solução de  As Mais Originais, pois a sua participação já tinha sido considerada na solução de O Gráfico.

Parabéns a O Gráfico pelo seu labor na divulgação do Policiário.


Critérios Classificativos

Fiquei com algumas dúvidas se deveria considerar a alínea b) dependente da a), mas decidi considerá-la independente, e  atingida sempre que o solucionista justifica a impossibilidade de mexer no violino após ouvir o chamamento da prima Anita.

Anita e justificação correta com a) e b) – 10 pontos

Anita e justificação incompleta com apenas a) ou b) – 9 pontos

Indicação de Anita e justificação  sem qualquer das alíneas a) e b) – 8 pontos

Indicação de  Jorge + Anita, com justificação coerente para Anita a) ou b), ou a) e b) – 8 pontos

Indicação de Jorge, ou Jorge + Anita, sem nenhuma das alíneas a) e b) na justificação – 7 pontos

Outras situações  – 6 pontos


Classificações do problema

Os policiaristas indicados com a sigla  TPBRO são elementos da Tertúlia Policiária Blogue Repórter de Ocasião

Geral

10 pontos (4 concorrentes)

Búfalos Associados, Detective Jeremias. Inspector Boavida; Mac Jr.

9 pontos (5 concorrentes)

Bertita; Detective Silva; Doula; Inspetor Moscardo; O Gráfico (TPBRO)

8 pontos (16 concorrentes)

A Bela Mariana; Arjacasa (TPBRO); Bernie Leceiro; Clóvis; Detective Caracoleta; Guilherme; Háspide; Inspectora Sardinha(TPBRO); Detetive Vasofe; Karl Marques; L.S.  & MAG; Mali (TPBRO); Nubis; Rosa Marques; Tiago Reis; ZAB; 

7 pontos (5 concorrentes)

Abrótea; Detective Nabo; Detevive Lurma; Detetive Rosa; Kali Mero

Total : 30 concorrentes


Melhores

Mac Jr. - 5 pontos

Inspector Boavida - 4 pontos

Búfalos Associados - 3 pontos

Detective Jeremias - 2 pontos

(não atribuído) – 1 ponto


Originalidade

O Gráfico - 5 pontos

Mac Jr. - 4 pontos

Inspector Boavida - 3 pontos

Bernie Leceiro - 2 pontos

Mali (TPBRO) - 1 ponto


Após esta terceira etapa, as diferente classificações tomam a  forma que se segue.

De referir, que quando são enviadas adendas à solução inicialmente remetida, o que já sucedeu algumas vezes e por mais do que um policiarista,  é a data da última adenda que é considerada para a data de envio, em caso de necessidade de uso para desempate.

Classificação geral

À frente da pontuação está a alínea do artigo 12º do regulamento utilizada no desempate.

1º Mac Jr      30 pontos a)

2º Detective Jeremias     30 pontos  a)

3º Inspector Boavida      30 pontos  a)

4º  Búfalos Associados      30 pontos  a)

5º O Gráfico (TPBRO)     29 pontos  a)

6º Inspector Moscardo      29 pontos   a)

7º LS & MaG     28 pontos a)

8º Bernie Leceiro     28 pontos a)

9º Mali(TPBRO)    28 pontos d) e f)

10º Clóvis     28 pontos d) e o)

11º Arjacasa (TPBRO)      28 pontos  d) e o)

12º Guilherme      28 pontos  d) e o)

13º Núbis       28 pontos d) e o)

14º Karl Marques      28 pontos  d) e o)

15º Rosa Marques      28 pontos  d) e o)

16 º Doula     28 pontos  d)

17 º Detective Nabo     27 pontos

18º Kali Mero     26 pontos  d) e o)

19 º Tiago Reis     26 pontos d) e o)

20 º Bertita       26 pontos o)

21º Háspide       26 pontos  o)

22º Abrótea      25 pontos o)

23º Detetive Vasofe      25 pontos o)

24º Xá do Reino     20 pontos d) e f)

25º Menino Nelito      20 pontos d) e o)

26º Mister H   20 pontos  d) e o)

27º Cris      19 pontos    

28º Detetive Lurma      17 pontos  d)

29º Inspetora Marta      17 pontos  d)

30º Poluidora     16 pontos  o)

31º Pedro Ribeiro      16 pontos o)

32º Cláudia Martinho    10 pontos

33º Detetive Silva     9 pontos

34º Inspetora Sardinha (TPBRO)     8 pontos o)

35º A Bela Mariana       8 pontos o)

36º Detective Caracoleta      8 pontos o)

37º ZAB      8 pontos o)

38º  Detetive Rosa        7 pontos 


Melhores (Após três jornadas)

À frente da pontuação está a alínea do artigo 10º do regulamento utilizada no desempate.

1º Mac Jr     12 pontos

2º O Gráfico      8 pontos a)

3º LS & MAG      8 pontos a)

4º Detective Jeremias      7 pontos

5º Inspetor Boavida     4 pontos

6º Búfalos Associados     3 pontos

7º Bernie Leceiro    1 ponto  c)

8º Inspetor Moscardo    1 ponto  c)



Originalidade (Após três jornadas)

À frente da pontuação está a alínea do artigo 10º do regulamento utilizada no desempate.

1º  Mac Jr.    14 pontos

2º O Gráfico     13 pontos

3º Bernie Leceiro     7 pontos

4º Inspector Boavida     3 pontos c)

5º Detective Jeremias     3 pontos c)

6º Inspector Moscardo     2 pontos

7º Mali (TPBRO)      1 ponto  c)

8º Xá do Reino     1 ponto  c)

9º Búfalos Associados   1 ponto  c)


Combinado (Após três jornadas)

1º Mac Jr             3 pontos

2º O Gráfico       9 pontos

3º Detective Jeremias   11 pontos

4º Inspetor Boavida       12 pontos

5º Bernie Leceiro             18 pontos

6º Búfalos Associados   19  pontos

7º Inspetor Moscardo   20 pontos


Sorteio do Prémio 

Lista numerada dos concorrentes





Concorrente premiada




Parabéns à Inspectora Sardinha





segunda-feira, 1 de abril de 2024

A Página dos Enigmas nº 17


Local do Crime

Encontram-se em publicação os contos subordinados ao tema Um caso Policial no Natal.

Já foram publicados os cinco primeiros contos, O contrato, de Fernando A. F. AleixoO Fantasma do Hotel Infante de Sagres, de Bernie Leceiro,  A minha noite de Natal, de Paulo, Prazeres de Natal, de O Gráfico e A prenda de Natal da Martinha, de Paulo

Até ao próximo dia 5 de abril todos os leitores podem enviar a sua classificação, entre 5 e 10 pontos,  do conto de O Gráfico, Prazeres de Natal, tendo por base a qualidade e a originalidade do mesmo,  para salvadorsantos949@gmail.com.

Terminou o prazo, no dia 31 de março, para o envio de problemas policiários para o concurso Mãos À Escrita - 2024

Fica-se a aguardar notícias sobre quantos problemas foram recebidos para o próximo torneio e a data de início do mesmo.


 

Blogue Repórter de Ocasião

Foi publicado o problema nº 4 do  Torneio Cultores do Policiário, prova que pretende homenagear seis policiaristas que marcaram esta atividade lúdica. O quarto problema intitula-se   Em dia de romaria, e é da autoria do Inspector Moscardo, e as soluções devem ser enviadas até ao próximo dia 30 de abril para reporter.de.ocasiao@gmail.com.

Neste torneio, ainda sem se saberem as classificações do 3º problema, saliente-se que, após as duas primeiras provas, segue em primeiro lugar a concorrente Sofia Ribeiro.

Também está a ser divulgado, no blogue Repórter de Ocasião, um conjunto de textos que o Inspector Aranha publicou originalmente no jornal Correio do Ribatejo, e que o mesmo Inspetor Aranha se prepara para lançar em livro. Este conjunto de artigos republica os problemas policiais da autoria de Reinaldo Ferreira (Repórter X) saídos em 1927 no jornal O Primeiro de Janeiro.

O último problema publicado foi A caixa das tintas.


Clube de Detectives

Continua a fazer a divulgação do policiário presente e passado. Além das ligações aos blogues ativos, e da recordação de secções e problemas publicados noutros tempos, vai divulgando o acervo  do Arquivo Histórico da Problemística Policiária Portuguesa, que acumula o resultado das pesquisas efetuadas pelo confrade Jartur.

 

O Inspector Fidalgo

Luís Pessoa continua a relembrar os convívios que ocorreram, principalmente, mas não só, desde os anos 70 do século passado, mostrando fotografias que recordam momentos e policiaristas. 

Também publica cópias de textos e outras imagens que remetem para convívios e secções policiárias do passado.

Quando estas palavras são publicadas, o último post deste blog, O Inspector Fidalgo, refere-se ao Jornal Notícias da Amadora.


Uma série

Fica um desafio para verem no canal de cabo STAR Crime (é este o atual nome) a série Van Der Valk, (Espera-se que seja repetida). Trata-se de uma série inglesa que adapta para a atualidade a personagem de um polícia  holandês criado pelo escritor Nicolas Freeling. Esta nova adaptação tem  na sua primeira série 3 episódios, que já foram todos apresentados ao público português, mas o cabo permite sempre voltar a ver. Vale a pena, porque embora o polícia tenha passado de casado a solteiro, as  características psicológicas são bastante próximas da personagem de Nicolas Freeling. São no entanto claras as atualizações de temática e de linguagem para os tempos atuais.

Nicolas Freeling escreveu esta série principalmente nos anos 60 e 70, com exceção do último volume, ainda antes de iniciar o conjunto de livros dedicados a um outro detetive,  Henri Castang.

Este autor foi publicado em Portugal nas extintas Coleção Vampiro e  Crime S. A.

Os três primeiros episódios transmitidos têm como títulos originais: Love in Amsterdam, Only in Amsterdam e Death in Amsterdam.

A segunda série, também com três episódios, começa a ser emitida sexta-feira, dia 5, às 22.00 horas.