Torneio Rápido Prova nº 5
O mistério do roubo noturno
As noites passadas nas patrulhas pela cidade são sempre
perigosas, embora por vezes nos surjam alguns criminosos muito ingénuos.
Estava eu no meu segundo ano de polícia, quando sucedeu o
caso que vou narrar.
Andávamos em patrulha pelas ruas quase desertas da cidade, eu e um companheiro de profissão, quando da esquadra recebemos a comunicação para nos dirigirmos a um determinado
endereço.
Não foi necessário ligar sirenes para nos apressarmos pelas
ruas sem transito, até porque estávamos nesse momento muito próximos do local.
Quando chegámos, vi que se tratava de uma moradia já antiga,
que fora adaptada para apartamentos, só com dois pisos.
Tocámos à campainha do rés-do-chão direito, pois era a
indicação que tínhamos.
A porta foi aberta e imediatamente nos encontrámos frente ao
apartamento referido, cuja porta se abriu sem ser necessário tocar novamente.
Surgiu-nos pela frente um homem de mais ou menos trinta e
cinco anos, bem apresentado, fato, gravata e sapatos bem engraxados, que nos fez
entrar para uma sala ornamentada com mobiliário de linhas direitas e modernas,
a contrastar com a arquitetura do edifício.
Junto de uma das
paredes havia um quadro caído no chão e na parede um cofre com a porta aberta.
- "A minha esposa não se encontra cá. Está num congresso em Paris. Eu estava deitado, a dormir, quando acordei com um ruído que me pareceu ter vindo desta sala. Levantei-me, e no momento em que abri aporta levei uma pancada na cabeça".
Aproximou-se de nós e mostrou-nos a nuca onde se via um
ligeiro hematoma.
- "Não sei se estive pouco ou muito tempo desmaiado, mas quando acordei tinha as luzes da sala acesas, vi logo que o cofre estava aberto e a porta do apartamento apenas encostada. Levantei-me, fui ver o cofre, e notei que os fios de ouro que herdei da minha mãe tinham desaparecido. Embora estivessem no seguro, ninguém me recompensa da perda sentimental.
Fechei a porta e telefonei logo para a polícia, (e apontou para o telefone que estava numa pequena mesa), sentei-me aqui neste sofá e fiquei à espera. Felizmente não demoraram muito. Ainda não há cinco minutos que telefonei."
Eu olhava em volta, enquanto o meu companheiro ia tomando notas. Eu já percebera tudo, mas enfim, a nós competia-nos registar a ocorrência e haveria quem finalizasse o caso. Mas, para mim, tudo estava muito claro. Eu sabia muito bem o que teria que fazer.
O que é que estava assim tão claro para o policia.
Basta escolher uma das hipóteses, indicando a letra correta.
A – Foi a esposa do assaltado que regressou de Paris e
cometeu o roubo.
B – Um ladrão desconhecido abriu a porta e cometeu o assalto.
C – O ladrão ainda estaria escondido dentro da casa e era
necessário fazer uma busca.
D – Ninguém entrou na casa para roubar as joias.
A resposta, indicando apenas a letra com a opção correta, deverá ser enviada até ao final do dia 31 de dezembro para apaginadosenigmas@gmail.com.
Oferecido pelo Clube de Detetives há o livro Último Acto em Lisboa de Robert Wilson.
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