quarta-feira, 1 de maio de 2024

A página dos Enigmas nº 21


Notícias

Local do Crime

Encontram-se em publicação os contos subordinados ao tema Um caso Policial no Natal.

Já foram publicados os seis primeiros contos, O contrato, de Fernando A. F. AleixoO Fantasma do Hotel Infante de Sagres, de Bernie Leceiro,  A minha noite de Natalde Paulo, Prazeres de Natal, de O Gráfico, A prenda de Natal da Martinha, de Paulo e Amem-se uns aos outros, de Inspetor Moscardo 

Este último conto, embora já tenha sido publicado na sua totalidade no blogue, ainda não o foi no jornal Audiência Grande Porto, devido às limitações do espaço no papel.


 

Blogue Repórter de Ocasião

Foi publicado o problema nº 5 do  Torneio Cultores do Policiário, prova que pretende homenagear seis policiaristas que marcaram esta atividade lúdica: Big Ben, Daniel Falcão, Inspector Aranha, Inspetor Boavida, Jartur, LP (Inspector Fidalgo). 

 O quinto problema tem por título Sir Aldra” reaparece ou “Sir Artur ataca” de novo, e é da autoria de Abrótea, e as soluções devem ser enviadas até ao próximo dia 31 de maio para reporter.de.ocasiao@gmail.com.

Neste torneio, ainda sem se saberem as classificações do 4º problema, saliente-se que, após as três primeiras provas, segue em primeiro lugar a concorrente Sofia Ribeiro. Aproveitando o balanço ganho no 1º problema, mantém-se na dianteira. Esperemos que assim continue e possa chegar ao final vencedora. O policiário precisa de vencedores novos.

Também está a ser divulgado, no blogue Repórter de Ocasião, um conjunto de textos que o Inspector Aranha publicou originalmente no jornal Correio do Ribatejo, e que o mesmo Inspetor Aranha se prepara para lançar em livro. Este conjunto de artigos republica os problemas policiais da autoria de Reinaldo Ferreira (Repórter X) saídos em 1927 no jornal O Primeiro de Janeiro.

O último problema publicado foi Uma partida de xadrez.


Clube de Detectives

Continua a fazer a divulgação do policiário presente e passado. Além das ligações aos blogues ativos, e da recordação de secções e problemas publicados noutros tempos, vai divulgando o acervo  do Arquivo Histórico da Problemística Policiária Portuguesa, que acumula o resultado das pesquisas efetuadas pelo confrade Jartur.

Neste momento entre secções do passado e do presente, incluindo as dedicadas ao charadismo, o Clube de Detectives apresenta referências aos seguintes espaços: A Página dos Enigmas, Repórter de Ocasião, Local do Crime, Charadas & Charadistas, Palavras Cruzadas Clássicas e Charadas, Enigma Policiário, Mistério Policiário, Clube Xis, O Detective - Zona A- Team e Policiário.

 

O Inspector Fidalgo

Luís Pessoa continua a relembrar os convívios que ocorreram, principalmente, mas não só, desde os anos 70 do século passado, mostrando fotografias que recordam momentos e policiaristas. 

Também publica cópias de textos e outras imagens que remetem para convívios e secções policiárias do passado.

Presentemente o blogue encontra-se a fazer uma resenha sobre os principais concorrentes da seção Policiário do jornal Público.

Quando estas palavras são publicadas, o último post deste blog, O Inspector Fidalgo, é dedicado ao policiarista, já falecido, Rip Kirby.


Um Blogue

Este é um blogue para quem gosta de literatura policiária. Nele se faz um desenvolvimento apreciável de dados bibliográficos de autores e de personagens. É um blogue em língua espanhola, mas isso não será problema. Para quem não tem dificuldades em ler nesta língua, basta seguir o texto, para quem prefere a tradução, poderá fazê-lo facilmente (clicar em cima do texto com o botão direito do rato, e depois selecionar: traduzir para português).

Há algum espaçamento temporal entre os posts, mas a qualidade da informação deverá obrigar a uma pesquisa exaustiva por parte da autora (?) do blogue, que se mostra desencantada com o rumo atual da literatura policiária, como se pode ver nas caixas de comentários.

Neste blogue é possível pesquisar por autor, pelo seu país, por personagem e por profissão da personagem.

Alguns dos autores não são conhecidos em Portugal, mas outros são ou foram editados no nosso país.

Mis detectives favorit@s é um blogue no qual vale a pena passar algum tempo.

quinta-feira, 25 de abril de 2024

A Página dos Enigmas nº 20

 


Relembra-se que o prazo para envio da solução do problema   4, Fúria Homicida,  termina no final do próximo dia 30 de abril, devendo a mesma solução do enigma ser remetida para apaginadosenigmas@gmail.com


Os nomes usados pelos policiaristas

Já se apresentou a razão do uso do termo policiário, em relação a policial, e foi feita, posteriormente, uma breve alusão à publicação de diferentes secções ao longo dos anos em diferentes meios da comunicação social.

Hoje irá falar-se um pouco do modo como os policiaristas se identificam.

A maior parte das vezes não são designados pelo seu verdadeiro nome, mas usam pseudónimos. É assim que, ao longo dos tempos, foram surgindo pseudónimos de participantes nas várias secções, como Sete de Espadas, Mister Ioso, Dr. Aranha; Jartur; Lumago Ampe, Detective Invisível; Juve, Marvel, Inspetor Varatojo, Lia Sol, Milena, Mali, O Gráfico, Lanterna Vermelha, Mabuse, Búfalos Associados, Detetive Jeremias, Daniel Falcão, Elmano, Inspetor Aranha, Bernie Leceiro, e muitos outros.

Há policiaristas que recorreram a personagens literárias, cinematográficas, históricas e da banda desenhada: Rip Kirby, Perry Mason, Philip Marlowe, Lucky Skywalker, Batman, Johnny Hazard, Buck Danny, Columbo, Superman, Aramis, Vasco da Gama II, Taka Takata, Ric Hochet II, Sherlock Holmes, Serpico,  etc.

Alguns optaram pelo uso de nomes curtos ou abreviaturas dos seus nomes, como o autor destas linhas, Zé, L.S., Gil, Carlos, L.P ou Constantino.

Houve outros que usaram as sílabas das várias palavras que compõem seu nome real ou anagramas de uma dessas palavras: Ubro Hmet, Jomasacuma, Jomara, Arnes, Uajara ou Oluap Egroj.

Há policiaristas que ao longo dos anos e dependendo dos contextos em que estavam, usaram diferentes pseudónimos, dos quais se citam aqui alguns que são públicos: Sete de Espadas (D. Misterioso, Tharuga Lattas) Inspector Aranha (Zé dos Anzóis); O Gráfico (Gutenberg; O Repórter Sou Eu, etc); L.P (Inspector Fidalgo, Lumago Ampe, Compadre Al, etc); Constantino (Mário Campino, Visconde de Valamor, Zé da Vila); Daniel Falcão (Jomasacuma, Zé-Manel, O Falcão, Mac Jr.); Antígona (Inspector Wasco, Wasco); L.S. (Hal Foster), etc.

Houve ainda casos, mas mais raros, que não usaram nome curto, nem pseudónimo, mas surgiram sempre com o seu nome inteiro, ou quase completo: Acácio José Tavares e Silva, Júlio Dinis Faria dos Santos, Manuel Martins Gonçalves, Eugénio do Nascimento Martins Silva, Carlos Alberto Morais ou Fernando Taveira Vieira.

Escolher um pseudónimo é uma arte e há alguns que foram excelentes escolhas. Quero realçar um pseudónimo que considero ter sido bem conseguido. Surgiu no início da década de 80 do século passado e pertencia a um policiarista de Vila Nova de Cerveira: Zé Jaquim de Vila Chã, que tinha potencialidade para poder ser usado em múltiplos contextos.

Estes, que acima foram nomeados, são alguns dos nomes, que desde há cerca de 80 anos, foram sendo identificados como concorrentes policiaristas, mas o seu numero é muito mais elevado. Quando a secção Policiário do Jornal Público terminou, em 2018, registava, como ativos, mais de 2000  participantes, número equivalente aos policiaristas que passaram pela secção Mistério Policiário entre a segunda metade da década de 70 e a primeira de 80 do século passado.

Desde que o policiarismo teve início em Portugal, há quase 100 anos, uns milhares de concorrentes foram adotando outros nomes. O policiarismo português está marcado pelos pseudónimos.

 


quarta-feira, 10 de abril de 2024

A Página dos Enigmas nº 19

 



Publica-se o 4º problema do Torneio Memória, Fúria Homicida, e relembra-se que é possível reler o regulamento em A Página dos Enigmas nº 4, ou, clicando na parte superior da página em Regulamentos, ou aqui.

Este torneio é constituído por problemas com mais de 65 anos. São enigmas publicados nas décadas de 40 e 50 do século passado.

As soluções deste problema policiário, que agora é publicado, poderão ser enviadas para apaginadosenigmas@gmail.com até ao final do dia 30 de abril de 2024.

Apenas no último parágrafo há uma alteração de texto em relação ao original, pois o autor convidava os leitores da secção onde o problema foi publicado a fazerem a sua resolução, e, desse modo, se se mantivesse o texto original, ficaria identificado o local de publicação.

Tal como já sucedeu em problemas anteriores, não foram feitas correções de pontuação em relação ao original, apenas se atualizando a ortografia de algumas palavras, designadamente a eliminação de consoantes mudas. Foi ainda, excecionalmente, introduzida uma vírgula, porque a sua ausência levaria a um caminho de resolução completamente diferente.  Muito provavelmente, tratar-se-á de uma gralha na publicação original.

Muita atenção a este enigma policiário. Será, deste torneio, o de maior dificuldade entre os problemas já publicados.

Mas, vamos ao problema.

Torneio Memória


Problema nº 4

Fúria  Homicida


Dificilmente aquele homem se mantinha de pé. A face magra e encovada agitava-se à medida que os lábios, descorados, soltavam palavras roucas, balbuciantes, impercetíveis, com as quais procurava explicar àquele desconfiado inspetor, a sua difícil posição de testemunha do drama.

O corpo seco e esquelético, mais parecia um cabide segurando um fato escuro e pouco limpo. Cambaleou uma vez mais e sentou-se na cadeira que o inspetor Brancardo lhe indicou. Respirou fundo e a face ganhou um pouco de cor. Agora, a voz saía-lhe mais nítida, mais firme:

 — «Quando ouvi a campainha, dirigi-me calmamente para o escritório, e ao abrir a porta deparou-se-me um quadro ao qual não resisti: o meu atual estado de fraqueza traiu-me... De costas para mim, um vulto embuçado (com um sobretudo de gola levantada e um chapéu enterrado na cabeça), descarregava tremenda pancada no crânio do... do Sr. José, com uma pesada alavanca de ferro. Foi horrível! Ao som medonho, sinistro, que os ossos fizeram sob o impacto irresistível daquela clava, manejada com ambas as mãos numa estúpida fúria homicida, não resisti: um grito de horror gelou-se-me na garganta e perdi o conhecimento. Quando recuperei os sentidos, peguei no telefone e chamei a polícia...»

O inspetor Brancardo deu-se por satisfeito e entregou o criado ao sargento Lima, que colheu dele os dados usuais de identificação: Manuel Almeida da Silva, 35 anos, criado, há três meses ao serviço do falecido, diabético, etc.,

Mais tarde, no gabinete de trabalho, a atenção do inspetor concentrou-se nos pormenores que o levariam à prisão do criado. Este, algumas horas antes, confessara ter sido despedido pelo morto, que não o achava em condições de continuar ao serviço da casa...

O inspetor Brancardo compreendeu então que o homem tinha um bom motivo para se vingar do patrão, até porque num frasco que contivera acónito, foram encontradas as suas impressões digitais.

A campainha do escritório não tocava, pois os fios tinham sido cortados recentemente com uma tesoura. Segundo o relatório do médico legista, a morte do Sr. José Pancrácio fora instantânea devido ao esmagamento do encéfalo, mas encontraram-se ves­tígios duma dose letal de acónito.

O inspetor Brancardo apurou também que a vítima tinha alguns inimi­gos, e que, por diversas vezes havia sido ameaçada de morte.

De posse destes dados, Brancardo convida os leitores a desvendar este enigma.

PERGUNTA-5E:

1) Por que razão foi o criado preso?

2) Teria falado verdade?

3) Como pensa que o caso tenha ocorrido?


 A solução deverá ser enviada para apaginadosenigmas@gmail.com até ao final do dia 30 de abril de 2024