segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Página dos Enigmas nº 47

 



Em 2025 vai realizar-se um torneio que pretende homenagear a secção Mistério Policiário, no ano  em que se comemoram os 50 anos do início da mesma. Mistério Policiário foi um marco importante no policiarismo em Portugal, não só porque marcou o renascimento da atividade, depois de um adormecimento vindo dos anos anteriores, mas também porque marcou o início na atividade de muitos concorrentes, a maior parte deles ainda muito jovens.

Além da secção, o torneio também homenageia o seu orientador, Sete de Espadas (1921-2008), uma das mais importantes pessoas  na divulgação do policiarismo em Portugal.

Que ninguém falte ao Torneio do Cinquentenário de Mistério Policiário.

Segue-se a publicação do regulamento e da lista de prémios.




TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)

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REGULAMENTO

1.   O Torneio do Cinquentenário de “Mistério… Policiário” (TCMP) de Problemística Policiária é uma prova aberta a todos os leitores, não necessitando de inscrição prévia.

2.  O torneio será composto por 12 provas, uma em cada mês do ano de 2025. Cada prova, um problema policiário, será publicado sempre no dia 1 do mês respectivo, rotativamente e em exclusivo, nos espaços policiários aderentes: blogue Local do Crime, coordenado pelo Inspector Boavida, em localdocrime.blogspot.com (provas 1, 5 e 9); blogue Repórter de Ocasião, coordenado pel’ O Gráfico em reporterdeocasiao.blogspot.com (provas 2, 6 e 10), blogue A Página dos Enigmas, coordenado pelo Paulo, em apaginadosenigmas.blogspot.com (provas 3, 7 e 11) e blogue Momento do Policiário, coordenado pelo Virmancaroli, em momentodopoliciario.blogspot.com (provas 4, 8 e 12).

O prazo para envio de soluções decorrerá até ao último dia do mês de publicação.

3. A seleção dos problemas policiários a publicar será da responsabilidade de cada um dos coordenadores dos espaços, que os publicará em exclusivo, bem como a respectiva solução, que deverá ser divulgada até ao dia 10 do mês seguinte e a pontuação das propostas de solução apresentadas, que terá de ser divulgada até ao dia 20.

Os problemas serão pontuados de 3 (simples presença) a 10 pontos (solução integralmente conseguida).

4. Em cada prova serão seleccionadas as cinco melhores soluções participantes, segundo o critério do respectivo coordenador, que somarão 5, 4, 3, 2 e 1 pontos especiais; estes pontos não contarão para a classificação final do TCMP, mas servirão para todos os desempates em caso de igualdade, ficando em vantagem o concorrente que mais destes pontos acumular.

5. Com o mesmo critério e finalidade estabelecidos no ponto anterior, serão selecionadas as cinco soluções mais originais, que somarão 5, 4, 3, 2 e 1 pontos consoante a sua originalidade.

6.  A coordenação geral do TCMP, reunindo todas as pontuações dos diversos espaços, ficará confiada ao Clube de Detectives, coordenado pelo Daniel Falcão, em clubededetectives.pt, que terá a responsabilidade de manter as classificações gerais atualizadas e anunciar os resultados finais e o vencedor do TCMP no dia 13 de Março de 2026, data do encerramento das comemorações do cinquentenário.

7. Será proclamado vencedor o concorrente que no final das 12 provas acumule o maior número dos pontos referidos em 3.

8. Em caso algum poderá haver mais que um vencedor, pelo que, em igualdade pontual, será vencedor, pela seguinte ordem, o concorrente que:

a)  Somar mais pontos especiais, referidos em 4.;

b)  Tenha tido mais vezes a pontuação máxima de 10 pontos;

c) Tenha mais vezes obtido a pontuação máxima dos pontos especiais;

d)  Tenha mais vezes pontuado nos pontos especiais;

e)  Tenha mais pontos originais, referidos em 5.;

f)    Tenha mais pontos originais, referidos em 5;

g)   Tenha mais vezes pontuado nos pontos originais.

9. Os quatro coordenadores estão impedidos de concorrer como decifradores, mas poderão ser autores de um dos problemas a publicar no seu próprio espaço.

10. Qualquer conflito relacionado com pontuações, classificações ou omissões regulamentares, será resolvido pelo Inspector Fidalgo, a quem se poderão dirigir os concorrentes e coordenadores, para lumagopessoa@gmail.com. Das decisões tomadas, depois de auscultar quem entender, não haverá recurso.

Pelo exercício destas funções, o Inspetor Fidalgo está impedido de concorrer como decifrador.

11. As 12 produções publicadas serão classificadas por dois confrades com vasta experiência, Big Ben e Inspetor Fidalgo, que ficam impedidos de concorrer com produções.

Cada um elaborará uma classificação do 1.º ao 12.º lugar, atribuindo 12 pontos à melhor produção, até 1 ponto à menos conseguida, que enviará para Daniel Falcão, coordenador do Clube de Detectives, que compilará a classificação final.

Será vencedora a produção mais pontuada.

Em caso de igualdade pontual, o voto de Daniel Falcão será de qualidade para decidir e desempatar e por isso mesmo o próprio fica impedido de participar com produção.

12.   A lista de prémios será divulgada noutro documento.



Segue-se a lista de prémios.


TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)

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LISTA OFICIAL DE PRÉMIOS

DECIFRAÇÃO - GERAL:

1.º Lugar – TAÇA

2.º Lugar – MEDALHA OURO

3.º Lugar – MEDALHA PRATA

4.º Lugar – MEDALHA BRONZE

5.º Lugar – LIVRO Inspector Fidalgo

 

MELHORES:

1.º Lugar – TAÇA

2.º Lugar – MEDALHA OURO

3.º Lugar – MEDALHA PRATA

4.º Lugar – MEDALHA BRONZE

5.º Lugar – LIVRO Inspetor Boavida 

 

ORIGINAIS:

1.º Lugar – TAÇA

2.º Lugar – MEDALHA OURO

3.º Lugar – MEDALHA PRATA

4.º Lugar – MEDALHA BRONZE

5.º Lugar – LIVRO Luís Pessoa

 

PRODUÇÃO:

1.º Lugar – TROFÉU LUPA (Detective Misterioso) – Oferta de JARTUR

2.º Lugar – TAÇA 

3.º Lugar – MEDALHA OURO 

4.º Lugar – MEDALHA PRATA

5.º Lugar – MEDALHA BRONZE

6.º Lugar – LIVRO Salvador Santos  

 

DIPLOMAS:

Serão atribuídos, de “PRESENÇA”, a todos os participantes tanto na modalidade de decifração como em produção.

 

 

 

NOTA:

- Além destes prémios oficiais poderão ser atribuídos outros de acrescento a esta lista


- Os prémios serão entregues aos ganhadores num possível Convívio Policiário a realizar-se em finais de março ou num dos meses seguintes, ou no Encontro habitual de S. Pedro de Sintra a cargo do Salvador Santos


domingo, 10 de novembro de 2024

A Página dos Enigmas nº 46

 

Torneio Rápido                                                             Problema nº 4                               

O Mistério das joias roubadas

Autor: Paulo

Narciso Morais olhou o relógio que marcava dezassete e dez. Depois, deu uma corrida desde o carro até à porta da casa, aproveitando o facto do portão que dava para a rua estar aberto. Tentava, assim, poder fugir à chuva que desde a véspera à noite insistia em cair. Meia hora antes, quando saíra da sede, o sol tinha feito uma visita e ele avançara sem guarda-chuva, mas a chuva, na forma de chuvisco incomodativo, voltara, e agora teria que aguentar com ela sem proteção alguma.

A casa ficava numa zona relativamente isolada, rodeada por um pequeno muro, fácil de transpor. A envolver a casa existia um jardim com canteiros bem tratados, o que decerto traria  custos elevados para o proprietário da vivenda. Da rua até à porta havia um pequeno caminho calcetado com pequenas pedras de granito, cravejadas no chão de terra.

Ainda antes de bater à porta, Narciso Morais decidiu perder o medo à chuva e avançar pelo passadiço de grandes pedras, de um tipo inidentificável para ele, que contornavam a casa junto das paredes da mesma. Do lado direito da casa, alguns arbustos e canteiros enchiam o terreno, mas, nas traseiras, onde chegou depois de percorrer a parede lateral, a paisagem era diferente. O chão em terra mexida recentemente, mas perfeitamente liso, ocupava quase todo o espaço. Provavelmente teriam andado a semear relva. Ao fundo era visível uma pequena arrecadação com a porta aberta, e no muro lateral havia uma churrasqueira em tijolo. Encostada à parede da casa estava uma escada metálica, com a base apoiada na terra e o topo embatendo no parapeito de uma janela do 1º andar. Via-se bem que se tratava de uma escada com pouco uso, ainda com o metal brilhante, sem marcas de desgaste ou lixo, apenas com o brilho embaciado pela água que a cobria.

Debaixo da escada, por sobre o passadiço, viam-se alguns vidros partidos. Olhando para cima, para a janela, com mais atenção, Narciso Morais notou que estava aberta, e que era de lá que provinham os vidros.

Dirigiu depois a sua atenção para o terreno escuro onde se viam bem marcadas duas séries de pegadas, uma no sentido da arrecadação e a outra no sentido contrário, com a mesma forma e tamanho.

Continuando a contornar a casa verificou a existência de marcas de terra no passadiço. Junto da esquina, havia um monte de terra maior, como se alguém tivesse feito um esforço para limpar o calçado, e depois essas marcas desapareciam quando se virava a esquina.

A outra zona lateral da casa era idêntica à parte que ficava do lado oposto, pelo que Narciso Morais não se demorou em observações, continuando até chegar novamente junto da porta da casa. Reparou, então, que não havia campainha, pelo que lá teve que se meter à chuva novamente, ir junto do portão, na rua, e carregar no botãozinho mágico.

A porta foi aberta por um indivíduo que se apresentou como Jaime Ramos e proprietário da casa. Após as apresentações contou o que se passara.

- Sou médico, estava a trabalhar no consultório, quando pelas quatro e um quarto a empregada me telefonou a dizer que tinha havido um assalto cá em casa. Tive que despachar o doente que estava a consultar e vim imediatamente. Reparei que a janela do meu quarto estava completamente aberta e que as joias que eu tinha aqui em casa, e que eram da minha falecida esposa, (sabe que sou viúvo), tinham desaparecido.

- Estavam guardadas dentro de algum cofre?

Notou-se algum embaraço de Jaime Ramos a responder.

- Não, não estavam. Sabe, nós pensamos que estas coisas só acontecem aos outros. Tinha as joias dentro de estojos em gavetas, e nem seguro tinha.

 Enquanto falavam, foram subindo e, em cima, dirigiram-se para o quarto onde fora cometido o roubo.

- Quem é que vive nesta casa?

- Eu e o meu filho, que tem 17 anos. É estudante e frequenta o 12º ano. Ainda não chegou a casa.

A desordem era total, com todas as roupas espalhadas, gavetas abertas e tiradas dos móveis, e alguns estojos de joias abertos e espalhados pelo quarto.

A janela aberta deixava entrar algumas gotas de chuva, num chão envernizado e bem limpo.

Não podendo fazer mais nada, enquanto não chegasse o técnico da recolha das impressões digitais, Narciso Morais pediu para falar com a empregada.

De nome, Margarida, aparentava ter cerca de trinta anos.

- Ainda não me recompus. Estava no hall de entrada a limpar o móvel que lá se encontra, quando ouvi vidros a partir. Fiquei atenta, ouvi um novo som de vidros partidos, espreitei na sala, na cozinha, e depois subi a correr ao 1º andar, embora confesse que foi uma imprudência, pois podiam matar-me. Só que na altura não pensei nisso.

Entrei logo no quarto do senhor doutor, vi o estado em que ele se encontrava e corri para a janela. Ainda vi um vulto que acabara de virar a esquina da casa, depois de ter descido as escadas.

Fiquei muito aflita e telefonei ao senhor doutor.

Narciso Morais pediu para dar uma volta pela casa, o que fez acompanhado pelo médico, não encontrando nada de relevante.

Havia o quarto do jovem filho do médico com alguns posters colados pela parede e alguma desarrumação, justificada pelo dono da casa, que disse que o filho não apreciava muito as arrumações que a empregada lhe fazia no quarto.

Havia ainda outro quarto, para visitas,  que se encontrava com os estores fechados.

No rés-do-chão, havia uma grande sala bem mobilada e com as paredes cheias de quadros, uma cozinha de tamanho razoável, em estado impecável, e um compartimento que servia de escritório. No hall de entrada havia um pano de pó, abandonado em cima de um móvel. Todas as janelas se encontravam fechadas e era impossível abri-las por fora. Na cave, além da garagem, existia uma lavandaria, com uma tábua de passar a ferro, roupa dobrada, pronta para ser arrumada, e um cesto de peças de tecido acabadas de secar. Existia também uma arrecadação com calçado, onde se encontravam uns sapatos de mulher completamente encharcados.

Embora fosse conveniente efetuar algumas perícias técnicas Narciso Morais não tinha grandes dúvidas sobre o que sucedera.

A – O roubo foi efetuado pelo filho do médico, para arranjar dinheiro.

B – O roubo foi realizado pelo médico, pois mente ao dizer que “despachou” um doente e ficou atrapalhado com a questão sobre as joias.

C – O roubo foi feito pela criada que mente e não conta como os factos se passaram na realidade.

– O roubo foi cometido por alguém estranho à casa, pois não há indícios de que alguém da casa o pudesse cometer.

A resposta, indicando apenas a letra com a opção correta, deverá ser enviada até ao final do dia 30 de novembro para apaginadosenigmas@gmail.com.

Oferecido pelo Clube de Detetives teremos o livro A Cruz do Sul de Patricia Cornwell.

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

A Página dos Enigma s nº 45

 


Vão ser, de seguida, apresentadas as soluções, a classificação e o premiado do problema número 3 do Torneio Rápido.

No dia 10 deste mês, será publicado o quarto problema, mas, entretanto, vamos aos resultados obtidos no terceiro.

 

O mistério da rua escura

 Solução:

 A resposta correta é a hipótese B.

a) Numa rua tão escura jamais conseguiria distinguir aquelas cores.

b) A descrição que ele faz do sucedido, jamais permitira ver a cara do assaltante.

Resultados

7 pontos (por ordenação alfabética)

Abrótea; Arjacasa (TPBRO); Bernie Leceiro; Búfalos Associados; Clóvis; Detective Jeremias; Detective Verdinha; Edomar; Fotocópia; Inspector Moscardo; Inspector Pevides (TPBRO); Inspector Ryckyi; Inspectora Mag; Inspetor Boavida; Karl Marques; Mac Jr.; Mali(TPBRO): Mandrake Mágico; Mister H; O Pegadas; Rodriguda; Vic Key; Virmancaroli; Zaida. (24 concorrentes)

Tentei respeitar a escrita dos concorrentes nos "inspetores" e "detetives" em que uns escrevem com c antes do t e outros não.

  

Classificação Geral (por ordem alfabética)

 21 pontos

Arjacasa (TPBRO); Búfalos Associados; Clovis; Detective Jeremias; Detetive Verdinha; Edomar; Fotocópia; Inspector Pevides  (TPBRO); Inspector Ryckyi; Inspetor Boavida; Inspetor Moscardo; Inspetora Mag; Karl Marques; Mac Jr.; Mali  (TPBRO); Mandrake Mágico; Mister H; Rodriguda; Vic Key; Virmancaroli.

18 pontos

Abrótea; Bernie Leceiro; O Pegadas.

14 pontos

Rainha Kátia.

11 pontos

Detetivesca.

7 pontos

Zaida.

  

Lista numerada para sorteio.

 


 Concorrente premiado.

 


 Nota: Há um concorrente que enviou a solução fora do prazo e, por isso, como o sorteio já estava realizado, embora a solução tenha sido contabilizada na Classificação Geral, não entrou no sorteio.

O contemplado foi O Pegadas. Irá receber o livro O vespeiro de Patricia Cornwell. Parabéns!


sexta-feira, 1 de novembro de 2024

A Página dos Enigmas nº 44

 

Notícias


Torneio Rápido

Está a decorrer neste blogue entre os meses de agosto e de dezembro. É muito simples participar, bastando enviar a opção correta das quatro alíneas que são apresentadas em cada problema. Já estão terminadas três etapas, mas a ordenação final dos concorrentes, apenas será conhecida em janeiro, quando forem publicados os resultados do 5º e último problema

 

Produções

Continuam a ser aguardadas as vossas produções de problemas policiários, com o objetivo de serem selecionadas para o torneio que será realizado em 2025, com a participação deste blogue, do Repórter de Ocasião e do Local do Crime. Cada blogue publicará 4 problemas, num total de 12. Será publicado um por mês.

A Página dos Enigmas continua  a esperar que os policiaristas enviem as suas produções até dia 30 de novembro para apaginadosenigmas@gmail.com

Está na hora de cada policiarista escrever um problema e enviar para publicação,

 

 Local do Crime

Encontram-se em publicação os contos subordinados ao tema Um caso Policial no Natal.

Já foram publicados os catorze primeiros contos, O contrato, de Fernando A. F. Aleixo, O Fantasma do Hotel Infante de Sagres, de Bernie Leceiro,  A minha noite de Natal, de Paulo, Prazeres de Natal, de O Gráfico, A prenda de Natal da Martinha, de Paulo, Amem-se uns aos outros, de Inspetor Moscardo, YHWH,  de L. Manuel F. Rodrigues, Chegaram os Pais Natais, de Abrótea, A morte do Pai Natal, de Paulo, Sonho de uma Noite de Natal, de Rui Mendes,  Um crime na Noite de Natal de Paulo, Um Natal dos Diabos,  de O Gráfico, Em Flagrante, do Investigador Canário, e Natal a Dois, de Don Naype.

Até  20 de novembro os leitores ainda podem, e devem, enviar a sua votação, que poderá ser atribuída entre os 5 e os 10 pontos,  do conto Natal a Dois, para salvadorsantos949@gmail.com. 

  

Repórter de Ocasião

Chegou ao fim o Torneio Cultores do Policiário, prova que pretendia homenagear seis policiaristas que marcaram esta atividade lúdica: Big Ben, Daniel Falcão, Inspector Aranha, Inspetor Boavida, Jartur, LP (Inspector Fidalgo).

Aguardam-se com expectativa as soluções do 10º problema e as Classificações Finais, não só a Geral, mas também, As melhores, Originalidade, Combatividade, Combinado e Produção.

Neste torneio, ainda sem se saberem as classificações do último problema,  após as nove primeiras provas, segue em primeiro lugar a concorrente Detective Jeremias, que passou a ocupar esta posição no último problema, Um caso do Inspector Fidalgo, problema que fez com que muitos concorrentes perdessem pontos.

Também está a ser divulgado, no blogue Repórter de Ocasião, um conjunto de textos que o Inspector Aranha publicou originalmente no jornal Correio do Ribatejo. Este conjunto de artigos republica os problemas policiais da autoria de Reinaldo Ferreira (Repórter X) saídos em 1927 no jornal O Primeiro de Janeiro.

O último texto publicado foi Uma frase apenas...

 

Clube de Detectives

Continua a fazer a divulgação do policiário presente e passado. Além das ligações aos blogues ativos, e da recordação de secções e problemas publicados noutros tempos, vai divulgando o acervo  do Arquivo Histórico da Problemística Policiária Portuguesa, que acumula o resultado das pesquisas efetuadas pelo confrade Jartur.

 Neste momento entre secções do passado e do presente, incluindo as dedicadas ao charadismo, o Clube de Detectives apresenta referências aos seguintes espaços: A Página dos Enigmas, Repórter de Ocasião, Local do Crime, Charadas & Charadistas, Palavras Cruzadas Clássicas e Charadas, Enigma Policiário, Mistério Policiário, O Detective - Zona A Team; Policiário e à revista digital Enigmas & Desafios..

  

O Inspector Fidalgo

Luís Pessoa continua a relembrar os convívios que ocorreram, principalmente, mas não só, desde os anos 70 do século passado, mostrando fotografias que recordam momentos e policiaristas.

Também publica cópias de textos e outras imagens que remetem para convívios e secções policiárias do passado.

Quando estas palavras são publicadas, o último post deste blogue, O Inspector Fidalgo, mostra um postal de Natal enviado por Jartur ao Inspector Fidalgo (L.P.)


Momento do Policiário

Um novo espaço policiário na internet, que promete começar a sério no ano de 2025. Um espaço a seguir.




sexta-feira, 25 de outubro de 2024

A Página dos Enigmas n.º43


O texto que se segue narra o final da secção Em Fim de Livro, uma das mais interessantes que existiam na época em que foi publicada.  Este é mais um contributo para o conhecimento do policiarismo em Portugal.


Em Fim de Livro - um final atribulado

É difícil, na atualidade, definir datas exatas para existência desta secção, uma vez que os livros onde era publicada não trazem sempre essas indicações que permitem fazer uma datação correta.

A secção começou a ser publicada no número 28 da Coleção Xis, editada  pela Editorial Minerva, dedicada à literatura policiária, e terminou no número 53. Não sendo possível estabelecer a data precisa em que os livros foram publicados, ficam aqui indicados os anos de início e fim: 1953 e 1956. A periodicidade era aproximadamente mensal.

A secção dirigida por Sete de Espadas, ocupava as últimas páginas de cada volume, por vezes num número significativo.

Ao contrário de outras secções, publicadas em revistas de banda desenhada, que se dirigiam a um público mais juvenil, ou em jornais, que abarcavam todo o tipo de público, esta secção era lida por quem comprava os livros, ou seja, era uma secção policiária que se dirigia apenas a quem gostava da literatura deste género.

Nesta secção germinou a ideia do Clube XYZ, formado por policiaristas que pagariam uma quota de 20$00 (atualmente, aproximadamente 10 cêntimos). O clube editaria uma revista, da qual saíram alguns números, designado Boletim XYZ, que seria distribuído a todos os associados, cujo primeiro número terá saído em dezembro de 1954. O boletim tinha 16 páginas e no primeiro número colaboraram Lima Barreto, C.A.F., Cruz Barreto, Mandrake, Belisário Praxedes, Joaquim Durão e Sete de Espadas.

O caso aqui referido neste texto surgiu no número 51 da Coleção Xis, datado de 1955. Com os estatutos do Clube XYZ em fase de aprovação, Sete de Espadas publicou na secção Em Fim de Livro uma lista de policiaristas, pelo seu nome, e não pelo pseudónimo, que teriam preenchido a ficha de inscrição, ou pagado as primeiras quotas, deixando depois de enviar dinheiro.

Houve um dos nomeados que não considerou correta a divulgação do seu nome e escreveu para a Editorial Minerva reclamando do surgimento da sua identificação no livro. Nesse mesmo número, em que foi publicada a reclamação, o 53, a Comissão Organizadora do XYZ- Clube de Literatura Policiária deu a resposta, informando que a editorial Minerva nada tinha que ver com a revista e o clube, pedindo desculpas à editora, mas não dando indicação de que a secção terminaria.

De nada valeu a resposta, porque duas páginas à frente, o editor fazia um comunicado suspendendo a secção, suspensão essa que a história mostra que foi definitiva.

Assim morreu uma das melhores secções do policiarismo português.


quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Página dos Enigmas nº 42

 


        O mistério da rua escura


A rua ficava numa zona degradada e quase desabitada. Os candeeiros todos partidos escureciam ainda mais a noite sem luar. 

Os dois polícias da ronda tinham acompanhado o queixoso ao local onde ele dissera que fora o roubo. Mais tarde, apresentaria a queixa oficialmente na esquadra.

Pelo caminho ele tinha apontado um culpado; um outro individuo que com eles se cruzara. 

Os quatro estavam na rua estreita e sinuosa.

- Foi este o ladrão. Levou-me tudo; dinheiro, telemóvel e documentos.

Eu estava mais ou menos aqui, quando de repente senti uma arma nas costas e uma voz a dizer que não voltasse a cabeça. Mandou deitar-me no chão, com a cabeça para baixo, sem nunca me deixar olhar para trás. Tirou-me tudo. Depois mandou-me contar até 100. Só depois, poderia levantar-me, senão dava-me um tiro. Eu obedeci. Não sabia se ele estava perto. Quando me levantei já ele tinha desaparecido.

Os polícias tiveram que segurar o acusado, que pretendia agredir o declarante.

- Ele está maluco. Conheço-o de vista e pouco mais. Eu vinha de um bar quando passei por vocês e ele me apontou. Tenho a impressão de que ainda não há muito tempo ele também lá estava.

Reiniciaram o movimento na rua, onde mal se distinguiam as janelas e as portas, algumas delas abertas, dando acesso a prédios desocupados e em ruínas.

- Foi aqui. Se ele não tivesse a arma, eu dava cabo dele.

Perante a dúvida dos polícias, questionando se o outro era mesmo o agressor, ele continuou.

- Não tenho dúvidas! É a mesma cara, o mesmo casaco verde-escuro e as mesmas calças castanhas. A arma deve estar perto, se é que ele ainda não a tem. Não teve tempo de ir longe, mas em algum local escondeu o que me roubou. Se calhar passou tudo a um cúmplice.

Iniciaram o movimento no sentido da saída da rua escura, cujo nome se adequava às características da artéria.

Quando saíram da rua, os polícias conseguiram observar os rostos do queixoso e do acusado. Aparentavam ter idades próximas, entre os vinte e os trinta anos. Cabelos curtos, sem brincos nas orelhas nem outros adereços metálicos visíveis.

Mas uma ideia estava a formar-se dentro da mente de cada um dos agentes da autoridade.

Neste momento interrompe-se a narração. Das quatro hipóteses que se seguem, devem os leitores optar pela que parece descrever melhor o que pode ter sucedido.

A – O acusado cometeu o assalto e escondeu a arma e o produto do roubo.

B – O acusador está a mentir pois os factos dificilmente se passariam como ele descreve.

C – O acusado cometeu o roubo ajudado por um cúmplice.

D – O acusador foi assaltado mas o assaltante escondeu-se num dos prédios da rua.


Oferecido pelo Clube de Detetives teremos o livro O Vespeiro de Patricia Cornwell.


segunda-feira, 7 de outubro de 2024

A Página dos Enigmas nº 41

 


Vão ser, de seguida, apresentadas as soluções, a classificação e o premiado do problema número 2 do Torneio Rápido.

No dia 10 deste mês, será publicado o terceiro problema, mas, entretanto, vamos aos resultados obtidos no segundo.

 

O mistério da revista roubada.

Solução:

A resposta correta é a hipótese D. 

Foi o João. Se o sol estava a bater-lhe nos olhos, quem estivesse atrás dele não poderia projetar sombra sobre ele.

Deste modo, não existiu ninguém a fazer os movimentos que  descreve. Está a mentir e terá sido ele, muito provavelmente, a “desviar” a revista.


Resultados

 Lista alfabética dos concorrentes

Tentei respeitar a escrita dos concorrentes nos "inspetores" e "detetives" em que uns escrevem com c antes do t e outros não.

7 pontos:

Arjacasa (TPBRO); Bernie Leceiro; Búfalos Associados; Clóvis; Detective Jeremias; Detective Verdinha: Detetivesca; Edomar; Fotocópia; Inspector Pevides (TPBRO); Inspector Ryckyi; Inspectora Mag; Inspetor Boavida; Inspetor Moscardo; Karl Marques; Mac Jr.; Mali (TPBRO); Mandrake Mágico; Mister H; O Pegadas; Rainha Kátia; Rodriguda; Vic Key; Virmancaroli.


 4 pontos:

Abrótea


Classificação Geral (por ordem alfabética)

14 pontos

Arjacasa (TPBRO); Búfalos Associados; Clovis; Detective Jeremias; Detetive Verdinha; Edomar; Fotocópia; Inspector Pevides  (TPBRO);  Inspector Ryckyi; Inspetor Boavida: Inspetor Moscardo; Inspetora Mag; Karl Marques; Mac Jr.; Mali  (TPBRO); Mandrake Mágico; Mister H; Rainha Katya; Rodriguda; Vic Key; Virmancaroli.


11 pontos

Abrótea; Bernie Leceiro; Detetivesca; O Pegadas


Lista numerada para sorteio



Concorrente premiado




O contemplado foi Vic Key. Irá receber o livro A Última História de Ana Teresa Pereira. Parabéns.