Relativamente ao texto A morte do traficante referem-se algumas situações que advêm da solução.
Em nenhum trecho da carta surge a palavra você. O texto permite que o tratamento seja o de você ou o de senhor. Não se pode olvidar que apenas estão transcritas pequenas frases.
Acresce que o inglês "you" tanto pode ser traduzido por tu como por você ou o senhor. Seriam precisos outros elementos, não presentes na tradução, para saber qual a utilização mais adequada. Lembro-me, por exemplo, das traduções de Erle Stanley Gardner, em que numas Perry Mason trata a secretária, Della Street, por tu e noutras por você. E não é apenas a diferença de umas traduções serem feitas no Brasil e outras em Portugal.
Os americanos falam de biliões e os europeus em milhares de milhões. Na europa um bilião é um milhão de milhões. Aliás, na atualidade, é muito frequente, a propósito de armas, os americanos falarem de biliões de dólares, e os europeus, referindo-se à mesma quantia, usarem a designação de milhares de milhões.
Para evitar esta dupla forma de escrever, utilizam-se os prefixos, Mega, Giga, Tera, etc. Veja-se como, na área de informática, não existe qualquer confusão sobre a capacidade de armazenamento dos computadores ou a frequência dos microprocessadores. Em todo o planeta se fala de terabytes ou de gigahertz.
O sinal da mina de Hofmann, descrito no texto, implica a arma encostada à pele, sobre uma superfície dura, e, neste caso, também horizontal, na linha do percurso do projétil dentro da cabeça, o que é muito fácil de conseguir para alguém com alguns centímetros de altura a mais do que a vítima. Repare-se que não se sabe a altura exata de Hans, apenas que tinha mais de um metro e oitenta, ou seja, tinha uma altura que lhe permitia encostar a arma à cabeça da vítima, mantendo o revólver na posição horizontal.
Foi aceite como correta, a resposta de que a arma teria que estar muito próxima da pele, não encostada, uma vez que nem sempre as fontes consultadas são concordantes e têm a informação completa.
É essencial a referência ao facto de a carta não ter sido simulada, ou seja, não ter sido escrita por um americano a fingir ser europeu. Se isso ocorresse, haveria dois suspeitos. Segundo o texto, ficou provado que não houve simulação da escrita. Note-se que a solução não é o relatório do polícia, e este é feito antes da ida a tribunal, ou seja antes de ter sido provado quem escrevera a carta. O relatório é feito pelo leitor, como é pedido no final do problema, considerando já as provas feitas em julgamento.
As classificações foram bastante bonificadas no que se refere a justificações, pois muitas das soluções poderiam ter menos 1 ou menos 2 pontos. Desde que o tópico fosse abordado de forma lógica, dei a pontuação, ou a então a hecatombe seria muito maior do que aquela que ocorreu.
As classificações do problema serão publicadas no dia 7 de abril.
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