É feita a publicação do 2º problema do Torneio Memória, O assalto ao Banco Royal, cujo regulamento foi publicado em A Página dos Enigmas nº 4.
Este torneio é constituído por problemas com mais de 65 anos. São enigmas publicados nas décadas de 40 e 50 do século passado.
O Assalto ao Banco Royal é um problema policiário que tem associada uma imagem, situação que foi muito frequente em algumas secções policiárias que fizeram história.
O problema que hoje se publica é muito simples, como o eram a generalidade dos enigmas publicados na secção de onde ele é originário, dirigida, por via da revista onde era publicada, a policiaristas muito jovens.
As soluções poderão ser enviadas para o endereço de e-mail deste blogue, apaginadosenigmas@gmail.com, até ao final do dia 29 de fevereiro de 2024.
Que ninguém falte!
Torneio Memória
Problema nº 2
O Assalto ao Banco Royal
Eram duas horas da tarde. Uma daquelas tardes quentes de
Agosto. Só aqui ou ali — por absoluta necessidade — um raro transeunte se
arriscava a sair para a rua e a meter-se debaixo do sol escaldante, que
derretia tudo.
Ninguém notou por isso o automóvel cinzento que descia
vagarosamente a rua, e que parou junto da porta do Royal Bank, de New York.
Do interior do carro saiu um homem de fato claro, chapéu de sábado
e óculos escuros. Trazia uma mala pequena e transpôs a porta giratória do
Banco, com aparente à vontade.
Lá fora o motor do carro continuava a trabalhar,
recortando-se ao volante a sombra de outro homem.
Estava-se na hora do almoço e, no Banco, os poucos
empregados que haviam ficado de serviço levantaram os olhos ensonados para o
intruso, mas voltaram a baixá-los com desinteresse, e este pôde aproximar-se da
Caixa sem que nenhum deles o seguisse com o olhar.
Se algum o tivesse feito, teria notado decerto a cara
surpreendida do «caixa», e estranhado a expressão de terror com que o empregado
acolhera o cliente desconhecido.
Este apontava-lhe uma pistola, ao mesmo tempo que murmurava:
— Se você der o alarme, mato-o, como um cão!
E acrescentou:
— Traga-me todo o dinheiro que tem na caixa, se tem amor à vida!... E nem um gesto suspeito, senão...
Atemorizado, o homenzinho obedeceu, trazendo vários maços de
notas, que o assaltante se apressou a guardar na pequena mala. Ao arrumar o
último, recomendou de novo:
—Se gritar antes de eu sair, não terei a mínima dúvida em
abatê-lo!
Mal voltara costas porém, a campainha de alarme retiniu por
todo o edifício, e o empregado teve que abrigar-se por trás do balcão, para
evitar que o tiro disparado o atingisse. Perante o espanto de todos, o gatuno
alcançava o automóvel, e este desaparecia pela rua, numa corrida vertiginosa.
Não tão rápida porém, que não desse tempo ainda a que um dos
empregados — que correra logo em perseguição
do gatuno — visse o número do carro. Esse número era o: 98601.
Em breve as estações de rádio transmitiam os sinais e número do carro. Horas depois, o nosso «Inspector Diabrete» mandava deter o carro que vemos na gravura, quando este passeava calmamente nas ruas da cidade. «Diabrete» averiguara que não existia nenhum carro com o número: 98601.
Ter-se-ia o nosso inspetor enganado desta vez, ao mandar deter o carro, cujos ocupantes protestaram energicamente?
A solução deve ser enviada até ao dia 29, (final do dia), para apaginadosenigmas@gmail.com.
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