É feita aqui a publicação do 3º problema do Torneio Memória, A morte veio de manhã, que tem a curiosidade de, além do texto, possuir um desenho, situação que se repete em relação ao problema anterior. Muita atenção aos dois elementos: texto e imagem.
Relembra-se que é possível reler o regulamento do Torneio Memória, clicando no botão que existe no cabeçalho desta página, ou então procurando no arquivo a publicação de 25 de dezembro de 2023.
Este torneio é constituído por problemas com mais de 65 anos. São enigmas publicados nas décadas de 40 e 50 do século passado, mas o autor e o local de publicação apenas serão desvendados quando for conhecida a solução. Este enigma policiário, A morte veio de manhã, ao contrário do anterior, tem o seu autor perfeitamente identificado.
A resposta a este problema deverá ser enviada para apaginadosenigmas@gmail.com até ao final do dia 31 de março de 2024.
Torneio Memória
Problema nº 3
A morte veio de manhã
— Jorge, mataram o tio!
Foi alvoroçado com esta exclamação, gritada pela sua prima,
Anita Reis, que este se precipitou pela escada que ligava o rés-do-chão ao 1º
andar do palacete, onde os dois viviam com o seu tio, o milionário Ascenção Reis,
velho de mais de 80 anos, de que eram únicos herdeiros.
O quadro que tinha em frente dos olhos era aterrador!
O pobre homem, que fora derrubado por uma pancada forte na
nuca, estava estendido de bruços, onde um fio de sangue proveniente da brecha
aberta na cabeça, punha desenhos macabros.
— O melhor é chamar a polícia. Vou telefonar.
Alguns momentos depois o Inspetor enviado para estudo da ocorrência,
encontrava-se no palacete.
Após o exame ao local, na companhia dos vários peritos que o acompanhavam,
o Inspetor dispôs-se a ouvir as declarações dos dois sobrinhos do milionário,
mas quis fazê-lo separadamente.
Numa pequena sala do 1º andar, onde se instalaram, Anita Reis
falou deste modo:
“Levantei-me um pouco tarde, seriam umas 11 horas. No rés-do-chão, meu primo tocava no violino umas valsas de Strauss. Ia para descer e ir ao seu
encontro, quando pensei em dar os bons dias a meu tio. Bati à porta do seu
quarto, e como não obtivesse resposta, atrevi-me a entreabrir a porta e
descobri, horrorizada, o seu corpo estendido no chão. Gritei então por meu primo”.
Depois de assinadas as declarações, pela depoente, o Inspetor desceu
ao rés-do-chão, e preparou-se para ouvir Jorge Reis, no seu próprio quarto.
“Senhor Inspetor, eu pouco posso dizer. Minha prima é que deu pelo
crime e eu limitei-me a correr ao seu encontro, quando a ouvi gritar. Depois de
verificar que quaisquer socorros eram inúteis, telefonei à polícia. Nada mais
posso dizer sobre o caso”.
O Inspetor após uma rápida análise ao aposento, perguntou de
chofre:
— Que fez o senhor desde que telefonou até eu chegar?
Jorge Reis pareceu estranhar a observação, mas respondeu:
— Fui para junto da minha prima, que se encontrava num estado
deplorável, e aguardei a chegada da polícia.
Foi então que o Inspetor disse para os seus ajudantes:
— Está tudo esclarecido. Já sei quem prender.
Pergunta-se:
1) Quem prendeu o Inspetor?
2) Em que se baseou para o fazer?
A solução deve ser enviada até ao final do dia 31 de março de 2024.
Sem comentários:
Enviar um comentário