Policiaristas : Jartur
João Artur Mamede nasceu em 13 de janeiro
de 1935.
Em 22 de março de 1957 orientou a sua
primeira secção: O Gosto do Mistério na revista Flama. Era na altura cabo
miliciano, no Regimento de Infantaria de Aveiro.
Devido à má legibilidade da sua letra, que
na época era manuscrita, o compositor da página da Flama leu mal o nome, e em
vez de Mr. Jartur, a secção começou a ser orientada por Mr. Dartur.
Na Colecção Pantera Negra orientou uma
curta secção, porque a coleção policial durou pouco, intitulada Mistério.
Nos anos de 1957/58 surge responsável por
Recorte Policiário nos Almanaque de Angola e de Moçambique, assim como pela
secção O Crime não Compensa na revista De Aquém e de Além Mar.
Em 1962 é um dos responsáveis, no
Emissores do Norte Reunidos, pela secção policiária radiofónica Dossier
447.
Entre 1 de março de 1979 e 11 de setembro
de 1980 foi o responsável pela secção Clube de Detectives no Suplemento O
Pirilim, do jornal O Comércio do Porto.
Usou os seguintes pseudónimos: Mr. Jartur,
Jartur Mamede e Jartur, por opção própria, e Mr. Dartur, por imposição de
outro, como já anteriormente foi referido.
Apesar de não ser conhecida a sua estreia
como solucionista, é possível encontrá-lo na secção Quem Foi?, na década de
50 a responder ao Torneio de Abertura, surgindo concorrente em Aveiro,
apareceria no Porto só alguns anos mais tarde, sabendo-se que se iniciou meses
antes de começar a orientar a secção na revista Flama, pelo que a segunda
metade da década de 50 do século passado é uma data aceitável.
A sua grande presença como produtor e
solucionista ocorreu nos finais dos anos 50 e inícios da década de 60 do século
passado, pois nos últimos anos tem-se dedicado ao AHPP (Arquivo Histórico da
Problemística Policiária). Tem um grande acervo recolhido e arquivado do qual
vai dando conhecimento por e-mail aos policiaristas interessados, com
publicação on-line das suas pesquisas no blogue, atualmente inativo mas
disponível, Crime Público e no site Clube de Detectives.
Jartur é o grande historiador da
Problemística Policiária em Portugal. A ele se deve muita da informação
atualmente disponível.
É o responsável pela elaboração do troféu
Lupa de Ouro que já premiou alguns policiaristas, sendo um prémio de
reconhecimento pela carreira que tiveram. Sem dúvida que Jartur seria merecedor
desse prémio.
Esteve na génese da Tertúlia Policiária do
Norte, em 30 de Novembro de 2003, que durante alguns anos conseguiu dinamizar
várias ações no Norte do país.
Paralelamente à sua atividade de
Tertuliano, solucionista, produtor e divulgador do policiarismo. foi marcando
presença em vários convívios, como o atestam fotografias desses eventos e as
reportagens onde são descritos.
A sua diversidade de ocupações policiárias
e a sua atividade profissional não lhe permitiu ser muitas vezes vencedor, mas
quando concorria como solucionista estava sempre entre os melhores.
Foi vencedor de algumas das melhores
soluções em alguns problemas. A sua apetência pela banda desenha e a capacidade
de escrever em poesia, decerto ter-lhe-iam fornecido algumas vitórias de
Originalidade se a isso se tivesse dedicado no momento em que os referidos
prémios eram atribuídos.
Sublinhe-se a vitória que obteve no
Torneio Preparação, o primeiro torneio organizado pela secção Policiário do
jornal Público, em 1992.
Na escrita de contos venceu na categoria
conto, com O Decote Fatal, os Primeiros Jogos Florais de Temática
Policiária. Publicou ainda vários contos de cariz policiário no
blogue Crime Público e na revista Célula Cinzenta.
Mas como produtor de problemas policiários
o seu nome evidencia-se. Nunca venceu nenhum torneio, mas marcou presença com
muitos textos, desde 12 de abril de 1956, quando publicou O cachecol
denunciante, até aos dias de hoje.
Alguns dos seus problemas são excelentes,
tendo sido usados por M. Constantino em O Grande Livro da Enigmística
Policiária.
Alguns dos seus problemas foram
republicados várias vezes, o que mostra o reconhecimento de que é alvo por
parte dos outros policiaristas, sendo esse o elemento mais importante nesta
atividade: o reconhecimento pelos pares da qualidade do trabalho desenvolvido.
São os casos de Vampiros de Prata de O Táxi
Misterioso, de O Mistério do Tridente Fatal, O
Mistério do Monte Careca e O Mistério Enquadrado (escrito
em quadras).
Além de um produtor e solucionista de alto gabarito é um Senhor, um ser humano maravilhoso👏
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